sábado, 17 de maio de 2014

O Grande Arquiteto do Universo




Por Wagner Veneziani Costa

O Grande Arquiteto do Universo

 (c) copyright by MADRAS editora - Por Wagner Veneziani Costa
Apesar de certas concessões ao exagero, não existe nenhuma dúvida de que os maçons da Idade Média gozavam de uma situação social relativamente elevada e que contribuíram para a criação de uma profissão de construtores, cujos membros eram considerados indivíduos que exerciam uma arte liberal mais do que uma profissão de base. Sua posição elevada se percebe também na iconografia medieval de Deus Pai, como Criador, desenhando o universo com um compasso. O conceito de “Grande Arquiteto do Universo” remonta, consequentemente, muito além da expressão moderna da ideia. O mesmo é reproduzido frequentemente nas Bíblias ilustradas. A corporação dos maçons era uma das mais organizadas e fechadas da Idade Média. Chegar ao posto de Mestre maçom equivalia a converter-se em uma figura importante da região.
Na Europa, existiu, sob diversas formas, uma organização extremamente desenvolvida dessa profissão. Já no século XIII, localizamos na Alemanha Lojas dos talhadores de pedra em Magdebourg, Lübeck, Bremen, Colônia, Halterstadt e outras cidades. Mais tarde, as Lojas sofreram uma evidente decadência, por causa de profundas perturbações e de lutas que haviam surgido no interior dessas organizações. Para colocar um termo a esses conflitos, os Mestres de Lojas do sul e do centro da Alemanha se reuniram no capítulo de Ratisbonne, em 25 de abril de 1459, e ditaram novos estatutos sob a forma de Ordenanças.
Posteriormente, esses tais estatutos foram modificados e renovados pelo imperador Maximiliano I, em 1498, e finalmente confirmados pelos seus sucessores. Os chefes das grandes Lojas de Berna, Estrasburgo, Colônia, Viena e Zurique eram reconhecidos como juízes supremos das sociedades autônomas, compostas de Mestres, Aprendizes e Companheiros, e o Mestre da Loja principal da catedral de Estrasburgo era encarregado de julgar e resolver as diferenças que surgissem entre os afiliados. De fato, portanto – e aqui está a importância da descoberta de Grandidier –, em todo o Império e, na realidade, ultrapassando suas fronteiras, existiu uma ampla jurisdição, sob a autoridade do Mestre da Loja de Estrasburgo, com zonas dependentes, governadas por Berna, Colônia e Viena, cujo domínio se estendia por toda a Hungria, assim como aos ducados austríacos.
O nome de “franco-maçons”
A primitiva sociedade de obreiros de Estrasburgo foi conhecida no início sob o nome de “Irmãos de São João”. Mais tarde, quando em sua direção predominaram os monges, eles foram chamados de “confrades” e, finalmente, parece que foi em Estrasburgo que os construtores da catedral começaram a se chamar de “franco-maçons”. No entanto, segundo Findel, foi na Inglaterra, em 1350, que apareceu pela primeira vez a denominação de franco-maçom, ou de free-stone-mason, quer dizer maçom [pedreiro] livre que trabalha a pedra ornamental, para distingui-lo do rough-mason, trabalhador rude, normalmente aplicado aos escavadores ingleses. Ele é encontrado em um Ato do Parlamento correspondente ao ano 25 do reino de Eduardo III. Knoop, Jones e Salzman têm a mesma opinião, já que eles fazem derivar free-mason de free-stone-mason, expressão já conhecida em 1351. De sua parte, Frankl e Preclin-Jarry, assim como Marcy, pensaram que se tratava da isenção ou liberação dos maçons das grandes construções, em relação às corporações das cidades onde viviam, porque, nas grandes obras construídas na Idade Média, os técnicos eram estrangeiros, e não maçons locais. E esses grupos de maçons itinerantes defendiam com muito cuidado sua união e suas franquias ou isenções, não querendo de maneira alguma depender das corporações locais. Diríamos que tinham conseguido em toda parte aquilo que hoje em dia chamaríamos de autonomia sindical.Maurice Colinon também dá este sentido para a palavra “livre”, pois há muito tempo eles gozavam de privilégios excepcionais que faziam de suas corporações verdadeiros estados dentro do Estado, ou mesmo das Ordens, acima dos próprios Estados. Sobre esse assunto, Colinon afirmou que já o papa Bonifácio IV, em 614, lhes havia reconhecido monopólios que “os liberavam de todos os estatutos locais, dos éditos reais ou de qualquer outra obrigação imposta aos habitantes dos países onde eles viveriam”. Dependendo somente do papa, os maçons colocavam-se assim sob a proteção da Igreja, acima das leis particulares ou do poder temporal. Para eles não existiam fronteiras. Podiam transpô-las à vontade, tanto em tempos de paz como em plena guerra.Tanto os talhadores de pedras alemães como os obreiros livres ingleses, ao se reunirem em Lojas, formavam verdadeiros colégios (guildas) profissionais, que eram ao mesmo tempo entidades reconhecidas oficialmente com direitos políticos, e confrarias ou corporações livres que possuíam os segredos do ofício. Fallou e Heideloff descrevem e comentam os usos dos pedreiros, escavadores e carpinteiros da Alemanha, a respeito da recepção ou entrada na fraternidade, do direito da Loja, dos exames e do exercício da hospitalidade, usos e costumes que se perpetuaram com grande fidelidade até os nossos dias nos ritos da iniciação maçônica.
Uma vez terminado seu aprendizado, o Companheiro pedia a admissão, como nas guildas, sobre apresentação prévia de sua prova de honestidade e da legitimidade do seu nascimento. Considerava-se desonroso o exercício de profissões determinadas que impediam que o proponente fosse admitido; e a proibição estendia-se aos seus filhos. O neófito recebia um sinal de que deveria reproduzir em todas suas obras, e era a sua marca de honra. O Irmão que o havia proposto se encarregava especialmente de dirigi-lo. Em um determinado dia, o aspirante apresentava-se no local em que o corpo do ofício se reunia, uma vez preparada, aos cuidados do Mestre da Loja, a sala destinada a este fim. Considerando esse lugar consagrado à paz e à concórdia, os confrades aí entravam despojados de suas armas. Logo em seguida, o Mestre declarava a sessão aberta. O Companheiro encarregado da preparação do neófito, seguindo nisso um costume pagão, obrigava-o a adotar o aspecto de um mendigo. Ele era despojado de suas armas e de qualquer objeto metálico. Seu peito era desnudado e também o pé esquerdo, e seus olhos vendados, e era conduzido à porta que dava acesso à sala. Esta se abria após o chamado que era feito dando três golpes fortes. O segundo presidente conduzia o recipiendário ao Mestre e este o fazia ajoelhar-se enquanto se elevava uma oração ao Altíssimo. Então, o candidato dava três voltas ao redor da sala e, parando em frente da porta, colocava os pés em ângulo reto, depois dava três passos para chegar ao local ocupado pelo Mestre. Havia uma mesa à sua frente e sobre ela se encontrava o livro dos Evangelhos aberto, junto com o esquadro e o compasso. O candidato estendia a mão direita, jurando ser fiel às leis da confraria, aceitar todas as obrigações e guardar o mais absoluto segredo sobre aquilo que aprenderia em seguida. Uma vez terminada as cerimônias do juramento, retirava-se a venda do neófito, mostrando-lhe a tripla grande luz. Colocava-se nele um avental novo, e faziam-lhe conhecer a senha, designando o local que ele devia ocupar, e finalmente a saudação e o toque que posteriormente utilizavam os aprendizes franco-maçons.Exatamente um dos pontos de atrito, ainda hoje, é o juramento exigido em algumas Lojas quase o mesmo, palavra a palavra, que utilizavam os maçons da Idade Média. Um deles, conservado em um manuscrito de Edimburgo, no ano 1696, diz o seguinte: “Eu juro pelo bem e por São João, pelo Esquadro e o Compasso, de me submeter ao julgamento de todos, de trabalhar a serviço de meu Mestre na honorável Loja, da segunda-feira de manhã ao sábado, e de guardar as chaves, sob pena de ter a língua arrancada através do queixo e ser enterrado sob as vagas, lá onde nenhum homem saberá disso”.Entre os obreiros maçons da Idade Média, não somente os costumes tradicionais eram seguidos, mas ainda se dava um ensinamento secreto da Arquitetura na base de símbolos e de uma ciência mística dos números que eles aplicavam nos trabalhos de construção. Os símbolos serviam de regra ao serem aplicados à arte, e eram considerados eminentes aqueles que os compreendiam e os empregavam convenientemente. Ao mesmo tempo, o espírito deste ensinamento secreto exercia uma influência favorável nas Lojas, porque aí não se admitiam os aprendizes antes que eles dessem a prova de seus conhecimentos e de sua aptidão para compreender essa linguagem simbólica, contida nas maravilhosas construções da época, especialmente nos tímpanos, nas arcadas e nas esculturas.
Os números 3, 5, 7 e 9 – reminiscência pitagórica – eram considerados sagrados e também algumas cores relativas à sua arte. Assim, por exemplo, quando um talhador de pedra entrava pela primeira vez em uma Loja estranha, ele chamava à porta dando três golpes. Ele se dirigia para o Mestre, que dava três passos, como os franco-maçons atuais. Após ter perguntado se os assistentes tinham alguma questão a colocar, dando três golpes encerrava-se a sessão. Os banquetes que seguiam a recepção terminavam com uma prece. O recipiendário fazia um brinde, com a taça da confraria, aos mestres e à prosperidade da Ordem. Em todas as guildas, as pessoas bebiam tomando três goles, segurando a taça com a mão enluvada ou coberta por um pano branco. Levantava-se a tampa e, a libação terminada, colocava-se a taça sobre a mesa em três tempos.
O dourado, o azul-celeste e o branco eram os emblemas da sociedade secreta, e também o era uma corda com nós, que algumas vezes figura como ornamento nas fachadas dos prédios. Os símbolos mais expressivos e com um significado próprio nas Lojas – tanto como hoje – eram o compasso, o esquadro, o nível e a régua. Nas Lojas, o Mestre colocava-se à esquerda, como o sacerdote no templo, os presidentes à direita, virados para a esquerda. Esses chefes simbolizam as três colunas da Loja, quer dizer, a sabedoria, a força e a beleza, e representam ao mesmo tempo a humanidade e a atividade. A representação emblemática das ferramentas maçônicas não revelava apenas o caráter da época, mas era também uma prova de relações morais diretas entre os associados. Os talhadores de pedra não as inventaram, embora lhes tenham atribuído um valor de santidade. Ao construir um templo, o Mestre talhador perpetuava seu nome e contribuía para a glorificação do Ser Supremo, para a propagação da fé, para a prática da virtude e para o exercício da piedade.
(c) copyright by madras editora - Por Wagner Veneziani COSTA

 

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

18º Grau Maçônico por Wagner Veneziani Costa




Um sobrevivente do peculiar interesse do período na mitologia rosa-cruz está familiarizado com a Maçonaria no mundo inteiro. É o famoso Rose-Croix – ou 18º Grau do Rito Escocês Antigo e Aceito.

Supostamente, o conteúdo do ritual tem muito poucos elementos “rosa-cruzes” óbvios – nenhuma referência a Christian Rosenkreuz ou à Casa do Espírito Santo, ou até à fraternidade R.C. Comentaristas maçônicos acadêmicos acostumaram-se a concluir que as palavras Rose (“Rosa”) e Croix (“Cruz”) são puramente acidentais e não há como inferir nenhuma influência rosa-cruz. Essa crítica não faz sentido dentro do contexto real da Maçonaria da metade do século XVIII, em que os mitos logo perderam sua especificidade, sendo reduzidos a lições morais e éticas.

As lições morais da Rose-Croix permanecem as virtudes cristãs da Fé, Esperança e Amor – aprendidas por meio de uma jornada simbólica empreendida pelo “cavaleiro maçom” em potencial a um local no Oriente, onde um mistério alquímico da primeira ordem é representado – a saber, a crucificação de Cristo em Jerusalém: “A Pedra Cúbica que emana sangue e água”, como o ritual vividamente declara.

É bem possível que o escritor do ritual estivesse ciente do simples misticismo cristão dos textos pós-Fama de Andreae, embora o sabor do ritual sugira com mais força sensibilidades mais católicas que espirituais protestantes. O ritual não está preocupado com a mitologia de Christian Rosenkreuz, apenas com o potencial iconográfico da rosa e da cruz. Essa imagem é combinada com a do pelicano alimentando suas crias com o próprio sangue, um claro símbolo de Cristo e Seu amor salvador.

O ritual foi provavelmente criado como uma maneira poderosamente conveniente de afirmar a identidade cristã dentro da Maçonaria (que estava sob ameaça), embora retenha uma atmosfera de sugestivo mistério maçônico. Que melhor fonte para o tema cristão em um cenário esotérico simpatizante à “casa oculta” ou Loja ideal da Maçonaria do que um Rosacrucianismo de fervor cristão, celestial e fragrantemente místico em espírito. No clímax do rito, por exemplo, o futuro “aprimorado” cavaleiro maçom encontra uma escada (associada com Jacó e Beth-el, o lugar de Deus) que conduz a um altar adornado com rosas.

As palavras Rose-Croix sugerem um Cristianismo místico e mágico do século XVIII e continuam a fazê-lo: algo indefinível e além da razão. A Maçonaria prefere inferência e alusão a qualquer implicação de especificidade confessional e dogma metafísico: universalismo, simbolismo é tudo. Afinal, a Maçonaria seria definida como “um sistema peculiar de moralidade dissimulado em alegoria e ilustrado por símbolos”. Em muitos aspectos, essa última declaração de William Preston (Illustrations of Masonry ,1772) [“Ilustrações da Maçonaria”]; também pode ser aplicada a aspectos de Neorrosacrucianismo.

A composição original do grau do “Soberano Príncipe Rose-Croix [“Rosa-Cruz”], Cavaleiro do Pelicano e da Águia”, há muito foi atribuída a Jean-Baptiste Willermoz (1730-1824). De acordo com A.C.F. Jackson (Rose Croix, A History of the Ancient & Accepted Rite for England and Wales. Lewis Masonic, 1980) [“Rosa-Cruz, Uma História do Rito Antigo e Aceito na Inglaterra e no País de Gales”], o título apareceu pela primeira vez em 1761, como uma deferência aos detentores do grau do Cavaleiro da Águia.

Em 1766, um francês de origem crioula chamado Estienne Morin (falecido em 1771) completou uma série de Constituições, consideradas atualmente pelo Rito Antigo e Aceito da Maçonaria como importantes documentos de fundação. Essas Constituições datavam de 1762, um ano depois que Morin recebeu uma patente da Grande Loja da França, nomeando-o como “Inspetor-Geral”. Morin considerou a indicação como uma missão para difundir a Maçonaria através do Atlântico de uma forma que servia a seus interesses. De fato, ele se tornaria “Inspetor-Geral” de sua própria constituição maçônica. Morin chegou às Índias Ocidentais em 1763, mas não se sabe se ele completara um Ritual Rose-Croix naquela época. O que ele provavelmente tinha era uma lista de cerca de 25 graus obtidos de Jean-Baptiste Willermoz, o arquivista chefe da Maçonaria, em Lyon.

Como veremos, no tempo devido, Willermoz passou bastante tempo em Lyon examinando, meticulosamente, os rituais de toda a Europa, buscando pela doutrina essencial que unificaria o todo. Em 1761, Willermoz e seu grupo formaram um novo rito de 25 graus. A maioria deles era apenas de nomes e ainda precisavam ser elaborados.

Nesse meio-tempo, Willermoz também se correspondia com um certo Meunier de Précourt, mestre de uma Loja em Metz, que sabia um pouco sobre um grau Rose-Croix que estava sendo trabalhado em algum lugar da Alemanha. Em 1762, De Précourt aguçou mais o apetite de Willermoz com promessas de “mil segredos maravilhosos” disponíveis na Alemanha, inclusive uma Ordem do Templo.

Willermoz completou o Ritual Rosa-Cruz em 1765. Se provinha ou não da Alemanha, não se sabe. Estranhamente, em 1765, surgiu um livro, Les Plus Secrets Mystères [“Os Mistérios Mais Secretos”] com cerimônias que incluíam o grau dos “Cavaleiros da Espada e da Rose-Croix”. O grau não tinha semelhança com o de Willermoz. Talvez houvesse um pouco de concorrência com a proto-Gold-und Rosenkreuzers, oferecendo mais do que devoto simbolismo maçônico.

O Rose-Croix era popular e, por volta de 1768, existiu uma instituição em Paris que se denominava o “Primeiro Capítulo Soberano Rosa-Cruz”, cujos estatutos e regulamentos foram emitidos em 1769. Essa iniciativa expandiu-se à Grã-Bretanha, onde foi acolhida pelos poucos que tiveram acesso a seu trabalho como o grau ne plus ultra – a mais alta forma de Maçonaria, pois “não há nada mais além”. A partir de 1775, o grau Rose-Croix era trabalhado nos “Acampamentos” dos Cavaleiros Templários Maçônicos britânicos.

Dois anos antes de a instituição parisiense ser estabelecida, o vice de Morin, Francken, fundou a Loja de Perfeição e Conselho dos Príncipes de Jerusalém em Albany, Nova York. Uma “Loja de Perfeição” foi aberta em Charleston em 1783, a origem do atual “Supremo Conselho, Jurisdição Maçônica do Sul” (Estados Unidos).

Muito importante para a Maçonaria, o grau Rose-Croix transforma a lenda do assassinato de Hiram Abiff por pedreiros invejosos, ao insistir que o evento crítico da Maçonaria ocorreu quando o “Mestre morto” (não Hiram Abiff mas Cristo, “a pedra fundamental que os edificadores rejeitaram”) convidou o pedreiro para “morrer n’Ele” e renascer no Espírito. Por essa razão, o Cavaleiro Maçom da Rose-Croix é “aprimorado” no clímax do grau. A substância dessa mensagem é bastante clara na Fama Fraternitatis, na qual os Irmãos descobrem as seguintes palavras na cripta oculta de Christian Rosenkreuz: “Nascemos de Deus, morremos em Jesus e viveremos de novo pelo Espírito Santo.” Esta é, no Rito Antigo e Aceito, “a perfeição da Maçonaria”.

Os maçons, em geral, têm relutado em acomodar as plenas implicações dessa compreensão. Freemasonry – The Reality, Tobias Churton, Lewis Masonic, 2007).

Martines de Pasqually (1709? ou 1726/1727-1774)

A maior influência na vida do ritualista maçônico Willermoz, sem dúvida, foi a mente extraordinária de “Don Martines Pasqually”, como ele próprio assinava (seu verdadeiro nome era e continua a ser uma questão duvidosa). Contudo, o sistema de crença de Pasqually, embora possa ser classificado como “paramaçônico”, não pode ser chamado “rosa-cruz”. Entretanto, seu pensamento era, em certos aspectos, inconcebível sem que a mitologia e a tradição rosa-cruz existissem antes e na sua época, enquanto que ele próprio continuaria a influenciar o que, posteriormente, passou sob o nome e descrição de “rosa-cruz”. Por essa razão, Pasqually não pode ser ignorado.

Sua fama reside principalmente por ter fundado uma Ordem dos Élus Coëns [“Sacerdotes Eleitos”], em 1765, ano em que Willermoz completou seu ritual Rose-Croix, cuja confluência de datas atesta a notável quantidade de atividade concertante paramaçônica existente nesse período.

Os Eleitos Coëns não foram a primeira incursão criativa de Pasqually no ritual teosófico. Em 1754, ele fundou um Chapitre des Juges Écossais (“Capítulo de Juízes Escoceses”) em Montpellier, a cidade que Haslmayr tentou alcançar antes de ser condenado às galés em 1612, quando estava em busca de um irmão rosa-cruz. A palavra “Escocês” refere-se à crença nos círculos maçônicos franceses de que a autêntica Maçonaria vinha da Escócia, pois as Lojas estabeleceram-se na França sob a égide de jacobitas exilados (partidários da dinastia Stuart na Grã-Bretanha).

Entre 1762 e 1772, Pasqually estava baseado em Bourdeaux, onde Morin também viveu até sua partida para as Índias Ocidentais em 1763. Em 1765, Pasqually formou um “Templo Coën”, chamado Les Élus Écossais [“Os Eleitos Escoceses”], que, no ano seguinte, tornou-se a Ordre des Chevaliers Maçons Élus Coëns de l’Univers, a Ordem dos Cavaleiros Maçons Eleitos Sacerdotes do Universo. Pasqually estava “pensando grande”.

A garantia para essa grandiosa criação era uma tradução feita por Pasqually de uma “constituição e patente”, que, segundo ele, fora concedida a seu pai, em 20 de maio de 1738, por “Charles Stuard [sic], Rei da Escócia, Irlanda e Inglaterra, Grão-Mestre de todas as Lojas sobre a superfície da Terra”. Esse documento pode ou não ter sido apócrifo. O uso do nome Charles Stuart era, certamente, uma referência a Bonnie Prince Charlie, que, posteriormente, apareceria na história contada pelo barão alemão Von Hund, que vocês conhecerão logo abaixo, sobre como ele obteve um rito templário da mesma origem real. É fato bastante comprovado que os jacobitas exilados usaram a Maçonaria como um sistema de apoio, mas não se sabe se o pretendente ao trono britânico estava envolvido.

A data de 1738 é interessante, pois foi neste ano que a Grande Loja dos Maçons Livres e Aceitos de Londres produziu seu novo livro de Constituições. É possível que houvesse aqui uma tentativa de os maçons “escoceses” (ou melhor franceses) de “ordens superiores” superarem o ás de Londres com um apelo à autoridade ausente e superior. A cavalaria maçônica era melhor quando concedida por um rei, naturalmente. Seria preciso apenas combinar a Escócia com as lendas recém-cunhadas dos “templários exilados” para lançar uma nova estrutura mitológica. Essa estrutura estava, inevitavelmente, amarrada à mística da Rose-Croix e persiste até os dias de hoje.

Pasqually aparentemente servira em um regimento escocês na Espanha (tinha descendência hispano-judaica) e foi entre os militares que ganhou seus primeiros recrutas, que, por acaso, eram católicos romanos (outro soco no olho da Maçonaria “Regular”). Foi através da Loja militar Josué que Louis-Claude de Saint-Martin conheceu o notável Pasqually (Saint-Martin fora designado à Foix Infanterie).

Entre 1766 e 1767, muitos foram admitidos na ordem de Pasqually, incluindo Willermoz. É estranho que os três mais fecundos colaboradores da Maçonaria Teosófica radical com nuances rosa-cruz todos se conheceram: Pasqually, Willermoz e Saint-Martin. Sua influência agregadora tem sido imensa, em certos círculos continentais.

Pasqually usou a Maçonaria como estrutura, mas principalmente por uma questão de conveniência histórica. Embora fosse em parte um judeu convertido, Pasqually era genuinamente cristão, mas, até onde se saiba, pertencia a um ramo do Cristianismo que se pensava estar extinto: o Cristianismo Judaico. O conhecimento dessa tradição especial chegou a Pasqually, disse ele, por sucessão. Ele obteve esse conhecimento do pai.

Pasqually promoveu seu próprio sistema teosófico, que gozou de imensa influência. Willermoz, por exemplo, chegou a considerá-lo a essência da Maçonaria e Saint-Martin – que tinha muitas ideias próprias – submeteu-se à fonte peculiar de inspiração espiritual de Pasqually. A ideia de uma transmissão secreta de conhecimento elevado harmonizava-se com a mitologia do Rosacrucianismo, como também seu foco em Cristo.

No final do século, a crença seria de que, seja o que inspirara o sábio Christian Rosenkreuz, também inspirara a teosofia de Pasqually e Saint-Martin; as obras de cada um deles – junto com as de Jacob Böehme – podiam ser lidas in tandem, e como reforços mútuos a uma poderosa força da Maçonaria teosófica e oculta. Cada vez mais curioso, talvez fosse o comentário de Andreae.

Pasqually afirmou que seu ensinamento vinha diretamente da Sabedoria Celestial e, com tal autoridade, escreveu Treatise on Reintegration [“Tratado da Reintegração”]. Pasqually declarou que, embora o homem tenha sido criado à semelhança de Deus, ele agora estava em um estado de “ruptura” com Deus, um estado de “privação”, de separação de Deus. Pasqually afirmava que, no entanto, isso não era o fim da questão. O Homem ainda podia, quando reconciliado, retornar a seu estado original. Esse retorno envolvia uma gnose judaico-cristã, sobre a qual disse: “Devo relembrar aos homens, companheiros, de seu primeiro estado maçônico, que é dizer espiritualmente homem ou alma, de forma a fazê-los ver verdadeiramente que são na verdade homem-deus, sendo criados à imagem e semelhança desse Todo-Poderoso Ser” (carta a Willermoz, 13 de agosto de 1768). Alguns leitores podem considerar essa promessa um tanto pobre de veemência. Como se conseguia ficar tão inspirado com a ideia de serem reconciliadas com Deus? Não é isso o que os evangélicos pregam?

Bem, não exatamente. O homem do século XVIII vivia em um universo mental muito diferente do nosso. Podemos imaginar, por exemplo, que republicanos e democratas americanos hoje se sentissem um tanto estranhos, talvez até um pouco desconfortáveis, se tivessem de passar algumas horas ouvindo os discursos de Benjamin Franklin. Ele poderia parecer muito diferente ao vivo do que haviam imaginado. Suas suposições, linguagem e clímax da conversa seriam muito estranhos ao ouvido moderno.

Em suma, a opinião amplamente arraigada do homem do século XVIII era, em geral, de que o Homem era um ser caído. O relacionamento principal com seu criador era tenso e difícil; o que o tornava fundamentalmente inseguro se as asas da salvação parecessem débeis. Os protestantes eram encorajados a ter um relacionamento pessoal com seu salvador, mas o pensamento da época poderia tornar isso difícil. Aos católicos, ensinava-se que era bem mais fácil desagradar a seu criador do que ganhar ou estar receptivo às graças que poderiam salvar-lhes a alma. De qualquer forma, o homem estava muito longe do que Deus queria que ele fosse. Havia um abismo entre o que o homem era e como deveria ser. Pecado e inferno eram próximos e a ignorância não era desculpa.

Hoje em dia, a maioria das pessoas herdou um conceito “naturalista” do ser humano. Elas são capazes de se ver até bastante superiores, em alguns aspectos, com o resto do mundo natural, mas ainda parte fundamental dele. Outros acreditam que não vivemos à altura de nosso lugar na ordem natural e somos, desse modo, como um déficit ecológico global. Esses são extremos e a maioria das pessoas encontra-se no meio-termo. Pensamos ser mais ou menos o que estamos destinados a ser; podíamos ser melhores e provavelmente deveríamos. Mas somos seres humanos no sentido orgânico pleno do termo; nosso corpo e alma (se acreditarmos neles) estão bem amarrados.

Isso era apenas um sonho para a maioria, no século XVIII. Quando encontraram algo parecido nos mares do sul, imediatamente pensaram no Éden, e no estado anterior ao pecado original. Para eles, o homem como criatura orgânica finita não era o que Deus tinha verdadeiramente pretendido. Rousseau poderia objetar, mas não era bom sonhando com a bucólica arcádia, cantando as virtudes da vida campestre, enquanto a peste grassava e a morte rondava na esquina. Corrupção e morte não foram removidas da vista. Corrupção e morte, decadência, a condição lamentável e desprezível do homem era visível a todos que não tinham condições de retratar a paisagem campestre de sua terra à maneira dos poetas gregos. A vida era pútrida e fétida, e todos os seres, não importa a aparência, cedo ou tarde sucumbiriam a esse estado. A queda do homem era fato e os indícios estavam por toda a parte.

Como poderia ele ser salvo? Seria possível confiar apenas na Igreja, ou havia uma consciência maior, uma centelha de luz divina, que exigia a própria vontade e concentração? Como salvar a pérola da imagem de Deus no homem do lodo que o cercava?

Pasqually oferecia um caminho que afirmava ter sempre existido mas que, agora estava disponível, sob nova forma mais adequada à época. No sistema de Pasqually, havia quatro classes de graus, além dos graus do ofício. A terceira era a Classe do Templo com os graus: Grande Arquiteto, Cavaleiro do Oriente (ou Grande-Eleito de Zorobabel), Comandante do Oriente (ou Aprendiz Réau-Croix). Este último abria os portões à Quarta classe: o grau de Réau-Croix, que era uma classe em si. Havia sete graus porque havia sete dons do espírito.

Avançando através dos sete graus, o Sacerdote-Eleito estaria apto a entrar em um culto cerimonial, uma teurgia que envolvia invocações mágico-espirituais, ativando energias divinas. Havia também uma liturgia para invocar “seres espirituais e inteligentes” (anjos).

É preciso lembrar que, para Pasqually, a palavra mason [“maçom”] era sinônima de “homem”. Todos os homens estão envolvidos na obra da construção, ou são “trabalhadores da vinha”. Ser homem é ter potencial criativo. A arquitetura é apenas um aspecto disso e não se devia tomar o símbolo literal ou especificamente demais, como é comum no oficio.

O primeiro Homem foi o Rei-Sacerdote do Universo. Daí, tornou-se pessoal, preocupado apenas consigo mesmo. A reconciliação pode torná-lo de novo um ser universal. O sistema de Pasqually era basicamente uma ordem religiosa, observada com preces e restrita às almas que não esteja em desacordo com a “verdadeira Igreja”. Seu sistema oferecia uma experiência de reconciliação com Deus e consciência de um ser superior, não meramente a teologia ou sua promessa ocasional. Seu objetivo era expandir a alma e a mente.

Pasqually escreveu que a Teurgia era “uma cerimônia e uma regra de vida que permite a invocação do Eterno em santidade”.

Era possível que coisas estranhas acontecessem nas câmaras onde o ritual teúrgico se desenrolava. Manifestações curiosas de atividade aparentemente sobrenatural que ocorriam na câmara de operação chamavam-se “passes” ou “glifos divinos”. Estes não deveriam causar distração aos operadores, mas, dizia Pasqually, deveriam ser considerados sinais de que a “reconciliação” avançava. O “passe”, portanto, era uma manifestação do que Pasqually estava apto a chamar La Chose [“a Coisa”], que nada mais era que a Sabedoria personificada – a divina Sofia.

De acordo com o especialista em Martinismo Robert Amadou, “a Coisa não é a pessoa de Jesus Cristo (...), a Coisa é a presença de Jesus Cristo”, exatamente como o Shekinah (ou glória) era a presença de Deus no Templo.

Pasqually oferecia um culto de expiação, purificação, reconciliação e santificação. Como tal, era uma espécie de resposta católica ao Rosacrucianismo protestante, ou até uma versão deste. De qualquer forma, as correntes agora, graças a Pasqually, estavam entrelaçadas. Como diz Saint-Martin: “Este homem extraordinário é o único que não consegui entender”.

O que Andreae teria pensado sobre ele daria um interessante estudo.

Barão Karl Gotthelf von Hund (1722-1776)

O barão Von Hund afirmava ter sido iniciado em uma linhagem única da Maçonaria, estimulado por Charles Edward, pretendente Stuart ao trono britânico. Certamente, era de interesse dos jacobitas fazer oposição à Maçonaria anti-Stuart, dominada pelos liberais hanoverianos da Grande Loja de Londres e imaginar um ramo superior do ofício.

A mitologia envolvida para estabelecer esse pretexto provinha de duas fontes principais. A primeira, a crença do maçom jacobita, Andrew Michael “Chevalier” Ramsay, emitida pela primeira vez em 1736, de que a Maçonaria renascera na Europa por ordens cavaleirescas durante o período das cruzadas e, depois, o persistente mito das origens patriarcais antediluvianas da Maçonaria, aliado à dinâmica “rosa-cruz” dos mistérios sagrados, trazidos do Oriente pelos cavaleiros-peregrinos. Desse modo, pensava-se que a “Maçonaria” pura desempenhava um papel na restauração da unidade primitiva da humanidade. Essa ideia elevada tinha ressonância com a noção de reconciliação e restauração da perfeição adâmica do homem, preconizada por Pasqually.

Em sintonia com a natureza exaltada da missão maçônica “superior”, Von Hund criou o Rito da “Estrita Observância”. A virtude da Estrita Observância era a de ser a continuação de uma ordem secreta de cavaleiros templários, que, por alguma razão, sobrevivera à supressão papal em 13 de abril de 1312.

É provável que a Escócia tenha oferecido abrigo aos cavaleiros sobreviventes, e seus segredos estavam agora astuciosamente guardados em Lojas maçônicas e alimentados pelas virtudes cavalheirescas dos aristocratas e monarcas escoceses. Desse modo, a Grande Loja de Londres – e a Maçonaria exportada dali à Alemanha e à França – não tinha os verdadeiros segredos. Havia uma mistura intrigante entre a necessidade de segredos com as fantasias sobreviventes da fraternidade oculta rosa-cruz, dando à Estrita Observância e semelhantes ordens posteriores sua peculiar matriz de “Maçonaria Cavalheiresca” com pitadas de devoção mística cristã “rose-croix” mais profunda e gnóstica. Era uma bebida rica e inebriante, servida como antídoto aos rigores bastante tediosos da chamada Era da Razão.

Com sempre se observou, uma falsa ideia é um fato real. Para o crente, acreditar na mentira pode não torná-la real. A crença em um vínculo com os antigos templários criou o fato dos novos templários. Suas crenças tornaram-se uma força motivadora de fato que não pode ser descartada, simplesmente por causa de uma divergência de perspectiva histórica. Existem muitos que gostam de considerar-se templários maçônicos no conhecimento de que representam algo como um ressurgimento em vez de uma continuidade de uma ordem desaparecida. Como observou o historiador maçônico francês Pierre Mollier, o neotemplarismo atrai os homens que se sentem como estranhos em um mundo que se tornou profano demais.

Em 1774, a Estrita Observância foi estabelecida na “província” neotemplária da “Borgonha”, ou seja, em Estrasburgo, depois, em Lyon (“Auvergne”) e em Montpellier (“Septimania”). Trabalhavam-se dois graus além dos três graus do ofício de Aprendiz Aceito, Companheiro e Mestre Maçom. O primeiro era de Noviço, o segundo Cavaleiro Templário, no qual era revelado o segredo de que a Maçonaria era, na realidade, uma sobrevivência da Ordem do Templo, convocada a uma missão secreta pela qual seus membros há muito sofreram.

Na Alemanha, a Loja regular de Braunschweig, Zu den drei Weltkugeln [“Aos Três Globos”], adotou a Estrita Observância e, posteriormente, tornar-se-ia um centro nervoso dos Gold und Rosenkreuzers. O duque Fernando de Braunschweig tornou-se “Magnus” da ordem de Von Hund. É interessante ver que os descendentes das antigas famílias solidárias ao movimento do século XVII tornaram-se patronos dos novos movimentos templários, rosa-cruzes e maçônicos (o landgrave de Hesse-Kassel também estava envolvido).

Em 1775, Braunschweig foi o local escolhido pela Ordem da Estrita Observância para reunir 26 nobres alemães a fim de discutir seus negócios e futuro; de Estrita Observância tinha bem pouco. Um ano após o congresso, os membros dirigentes da ordem viajaram até Wiesbaden, a convite do barão Von Gugomos, que se dizia emissário dos “Verdadeiros Superiores” da ordem. Seu quartel-general era no Oriente, em Chipre (famosa na história como fortaleza dos Cavaleiros Hospitalários de São João). Ele esperava tomar o controle da ordem e, depois que as perguntas se aprofundaram, declarou que retornaria a Chipre para obter valiosos textos secretos para demonstrar a “genuína” linhagem da ordem e seu propósito elevado. Gugomos foi exposto; seus títulos e patentes eram falsificados. Não foi a última vez na história que falsificações levariam a uma quebra de confiança na ordem.

Após os conventos maçônicos de Lyon (1778) e Wilhelmsbad (1782), a Ordem da Estrita Observância morreu, mas suas ideias seriam substancialmente ressuscitadas quase de imediato. A Estrita Observância transformou-se no Régime Écossais Rectifié de Willermoz: o Rito Escocês Retificado, mais conhecido e reverenciado atualmente nos círculos maçônicos devotos pelo acrônimo de C.B.C.S.: Chevaliers Bienfaisants de la Cité Sainte, os Cavaleiros Benfeitores da Cidade Santa.

O que Willermoz fez com a ideia da Ordem do Templo deve-se muito à força transcendental da mente de Pasqually. O que Willermoz fez mostrou ter um significado bem mais abrangente com um impacto direto no mundo do Neorrosacrucianismo.

No Rito Escocês Retificado de Willermoz, o que importa não é o cavaleiro templário como tal, mas uma ordem trans-histórica, cuja existência remonta, supostamente, ao início dos tempos. A verdadeira “Ordem do Templo” denotava algo bem maior do que a ordem particular da cavalaria sagrada dos séculos XII e XIII. A verdadeira ordem espiritual do Templo do Universo poderia continuar, pois não dependia dos acidentes da história ou de vastas propriedades pelo continente (ou aprovação do papa ou o que seja).

Desse modo, qualquer coisa de natureza secreta e mística associada com os templários era simplesmente uma manifestação do contato entre membros dessa ordem (nem todos precisavam saber isso) e que, depois, seria chamada “a Grande Fraternidade Branca” (em que “branca” refere-se a “magia branca”, suprarrealidades sagradas, santas, divinas, perfeitamente espirituais e orientadas pela luz). Portanto, a afirmação em defesa das realidades da história, de que os templários não tinham vínculos históricos com a “Grande Obra” da redenção da humanidade, podia ser rebatida com a acusação de que tal conhecimento não era para todos nem tampouco discernível à inteligência de todos: apenas aos que receberam o conhecimento revelado pela autêntica iniciação. Esse discurso manifestamente oculto não se sustentaria no tribunal, mas esses julgamentos seriam raros. Em certo sentido, estava dizendo, para usar uma expressão vulgar à Era da Razão, “como ela poderia se safar”.

A concepção de uma ordem trans-histórica pode ser descrita como o conceito fundamental do Neorrosacrucianismo e sua criação representava um desenvolvimento simbólico na história dos Invisíveis. Não eram mais os discípulos “rosa-cruzes” que eram invisíveis, mas seus mestres – o que não quer dizer os próprios adeptos experientes não poderiam, como a ocasião exigia, vestir o véu secreto da invisibilidade!

De acordo com a teoria superior do Neorrosacrucianismo, toda iniciação “verdadeira” provém da ordem transcendente. Portanto, qualquer ordem iniciática aprovada podia ser declarada apenas uma manifestação terrestre da ordem divina acima do espaço e do tempo. Assim que se admite essa concepção, estabelece-se o fundamento lógico por meio do qual uma ordem pode afirmar estar em “sucessão espiritual” com a Ordem Rosa-cruz, a Ordem do Templo, Jesus Cristo, os essênios, João Batista, Pitágoras, os antigos egípcios, os cátaros, os gnósticos, Apolônio de Tiana, Simão, o Mago, os maniqueístas – e por aí vai: aí está a boa-fé alojada sobre um nível inacessível (racionalmente inegável). Contra a corrosão da Era da Razão, uma dupla ou tripla demão de tinta.

Logicamente, seria apenas uma questão de tempo começar-se acreditar que os “Superiores Incógnitos” habitassem no espaço exterior. Quanto mais esquisito se fosse, mais esquisitos seriam seus Chefes Secretos. Contudo, embora algumas ordens se divertissem com as fantasias de ficção científica, a maioria preferiu a interpretação estritamente “espiritual”.

Ordens aprovadas podem afirmar terem entrado em contato com habitantes angélicos da “Casa Invisível”. O fato de a manifestação terrestre do sagrado Santuário ser imperfeita não é importante ao argumento. Os Mestres conhecem bem as fraquezas da humanidade, pois vieram para corrigi-las.

A Casa “Invisível” tem, certamente, “Guardiões Invisíveis”, “Superiores Incógnitos”, “Chefes Secretos”, cujo trabalho é de tamanha abrangência multidimensional de complexidade extraordinária a ponto de, sinceramente, estar além do entendimento da pobre humanidade ignorante. Nós, pobres almas não regeneradas que somos, coitados que mal conseguimos ficar em pé em uma postura que relembre o homo sapiens, só podemos vislumbrar, ter flashes da Grande Obra em andamento, a Grande Missão da alquimia cósmica da qual somos – se tivermos sorte – meramente os instrumentos temporais, a serem descartados após o uso, em bênção ou esquecimento, dependendo de nossa conformação, ou não, aos ditames dos mestres.

Desse modo, também é uma certeza lógica o fato de a seguinte passagem do recém-descoberto Evangelho de Judas ser empregada (se já não é) como exemplo da “Casa Invisível”, vislumbrada por membros privilegiados do movimento gnóstico dos séculos II e III, e que os “ortodoxos” não conseguiam, ou conseguem, ver:

“Nenhuma pessoa de nascimento mortal é merecedora de entrar na casa que viste, pois aquele lugar está reservado para o sagrado. Nem o sol nem a lua lá regerão, nem o dia, mas o sagrado habitará para sempre lá, no reino eterno com os anjos sagrados.”

A própria concepção apareceria (trans-historicamente?) na obra bastante influente de Karl von Eckartshausen, Die Wolke über dem Heiligthum,1802 [“A Nuvem sobre o Santuário”], sobre uma Igreja transcendente de adeptos espirituais que guiam a evolução espiritual da humanidade. É a esse organismo que Aleister Crowley buscou acesso definitivo quando se uniu à Ordem Hermética do Amanhecer Dourado, em 1898, e é desse suposto organismo que muitos hierofantes dos mistérios neo-rosa-cruzes reivindicam sua autoridade, uma suposta autoridade não de “meras patentes de papel”, mas do contato direto com os anjos. Desse modo, o Anjo Mágico de John Dee sempre será de mais interesse a essas pessoas do que os textos devocionais de Johann Valentin Andreae. Vale notar, a esse respeito, que uma das mais recentes reimpressões da obra de Eckartshausen foi feita pela Rozenkruis Pers, editora da ordem rosa-cruz holandesa, o Lectorium Rosicrucianum.

A teoria de Willermoz e Pasqually corrobora a maioria das ordens neo-rosa-cruzes e suas ramificações e quase sempre o que derruba tais ordens é a descoberta de serem falsas as supostas ligações com os Superiores Incógnitos. Assim, quando Aleister Crowley, por exemplo, sugeriu as próprias propostas de fundar uma ordem de magia branca, depois de 1900 (quando a Ordem do Amanhecer Dourado se fragmentou), ele o fez não com base no fato de que o líder do Amanhecer não tivesse contato algum com os “Chefes Secretos” da ordem (isto é, que eles não existiam), mas sim que o então líder da ordem, Samuel Mathers, “fracassara” nesses contatos e não mais servia a seus propósitos. Com Mathers fora, Crowley achou que tinha garantido o próprio contato com um “Chefe Secreto”, conforme o próprio relato, em abril de 1904. Eu particularmente gosto muito do estudo, rituais e cerimônias da O.T.O. .

Com a chegada da ordem trans-histórica (vinculada a vários outras linhagens gnósticas, herméticas, bíblicas e cabalísticas), surgiu o Ser Adepto trans-histórico...
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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

A Maldição lançada por Jacques DeMolay

A Maldição lançada por Jacques DeMolay

No momento em que era amarrado no pelourinho, DeMolay gritava:
" - Vergonha! Vergonha! Vós estais vendo morrer inocentes. Vergonha sobre vós todos".
Enquanto DeMolay queimava na fogueira, ele disse suas últimas palavras:
"- Nekan, Adonai!!! Papa Clemente... Cavaleiro Guillaume de Nogaret... Rei Filipe; Intimo-os a comparecerem perante o Tribunal do Juiz de todos nós dentro de um ano para receberdes o seu julgamento e o justo castigo. Malditos! Malditos! Todos malditos até a décima terceira geração de suas raças!!!
Após essas palavras, Jacques DeMolay, inclinou a cabeça sobre o ombro e entregou sua alma ao Pai Celestial.
Do Palácio Real, Filipe assistia a morte de DeMolay e ouvira suas palavras. Ficou em silêncio mas bastante assustado. Mais tarde comentou com Nogaret: "Cometi um erro, devia ter mandado arrancar a língua de DeMolay antes de queimá-lo."
Quarenta dias depois, Filipe e Nogaret recebem uma mensagem: "O Papa Clemente V morrera em Roquemaure na madrugada de 19 para 20 de abril, por causa de uma infecção intestinal", Filipe e Nogaret olharam-se e empalideceram.
Rei Filipe IV, o Belo, faleceu em 29 de novembro de 1314, com 46 anos de idade, quando caiu de um cavalo durante uma caçada em Fountainebleau.
Guillaume de Nogaret acabou falecendo numa manhã da terceira semana de dezembro, envenenado.
Após a morte de Filipe, a sua dinastia, que governava a França a mais de 3 séculos, foi perdendo a força e o prestígio. Junto a isso veio a Peste Negra e a Guerra dos Cem Anos, a qual tirou a dinastia dos Capetos do poder, passando para a dinastia dos Valois.
Hoje tomamos Jacques DeMolay como símbolo de lealdade e tolerância e lembramos dos seus feitos de coragem, homenageando-o, colocando o seu nome em nossa Ordem.

Outras fontes indicam uma outra versão da Última Prece proferida por Jacques DeMolay no Cadafalso

"Senhor,

permiti-nos refletir sobre os tormentos que a iniqüidade e a crueldade nos fazem suportar.

Perdoai, ó meu Deus, as calúnias que trouxeram a destruição à Ordem da qual Vossa Providência me estabeleceu chefe.

Permiti que um dia o mundo, esclarecido, conheça melhor os que se esforçam em viver para Vós.

Nós esperamos, da Vossa Bondade, a recompensa dos tormentos e da morte que sofremos para gozar da Vossa Divina Presença nas moradas bem-aventuradas.

Vós, que nos vedes prontos a perecer nas chamas, Vós, que nos vedes prontos a perecer nas chamas, vós julgareis nossa inocência.

Intimo o papa Clemente V em quarenta dias e Felipe o Belo em um ano, a comparecerem diante do legítimo e terrível trono de Deus para prestarem conta do sangue que injusta e cruelmente derramaram."

Esta é uma outra versão da prece proferida no dia 18 de março de 1314, no momento em que o
Grão-Mestre Jacques DeMolay e seu fiel companheiro foram supliciados.

Os gases letais interromperam o anátema, DeMolay dobrou-se e perdeu os sentidos. O impacto inesperado deixou a multidão estarrecida. Não esperavam essa reação, mas cada um sentiu em si o peso da injustiça e a certeza que a maldição se cumpriria. Quarenta dias depois, Felipe e Nogaret receberam uma mensagem "o Papa Clemente morrera". Felipe e Nogaret olharam-se e empalideceram, no pergaminho dizia que a morte ocorrera entre o dia 19 e 20 de abril. O Papa Clemente morreu pôr ingerir esmeraldas reduzidas a pó( para curar sua febre e um ataque de angústia e sofrimento) que provavelmente cortaram seus intestinos. O remédio foi receitado por médicos desconhecidos, quando retornava a sua cidade natal. Guilherme de Nogaret veio a falecer numa manhã da terceira semana de Maio, envenenado por uma vela feita por Evrard, antigo Templário, com a ajuda de Beatriz d'Hirson. O veneno contido na vela era composto de dois pós; de cores diferentes:

- Cinza: Cinzas da língua de um dos irmãos de d'Aunay , elas tinham um poder sobrenatural para atrair o demônio.

- Cristal Esbranquiçado: "Serpente de faraó" Provavelmente sulfocia de mercúrio. Gera por combustão: Ácido Sulfúrico, vapores de mercúrio e compostos anidridos podendo assim provocar intoxicações. Morreu vomitando sangue, com câimbras, gritando o nome daqueles que morreram por suas mãos. Felipe o Belo veio a morrer em 27 de Novembro de 1314, com 46 anos de idade, em uma caçada. Saiu a caçar com seu camareiro, seu secretário particular e alguns familiares na floresta de Pont-Sainte-Maxence. Sempre acompanhado de seus cães foram em busca de um raro cervo de 12 galhos visto perto ao local. O rei acabou perdendo-se do grupo e encontrou um camponês que o ajuda a localizar o cervo. Achando-o e estando pronto a atacar-lhe percebeu uma cruz que brilhava, começou a passar mal e caiu do cavalo. Foi achado por seus companheiros e levado de volta ao palácio repetindo sempre " A cruz, a cruz.." Pediu como o Papa Clemente em seu leito de morte que fosse levado a sua cidade natal ; no caso do rei, Fontainebleau. " A mão de Deus fere depressa, sobretudo quando a mão dos homens ajuda" teria dito um dos Templários remanescentes, jurando vingança.

Fonte http://www.culturabrasil.org/demolay.htm

História da Ordem DeMolay

História da Ordem DeMolay

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Jacques DeMolay

Jacques DeMolay

Jacques DeMolay nasceu em Vitrey, na França, no ano de 1244. Pouco se sabe de sua família ou sua primeira infância. Sabe-se que na idade de 21 anos, ele tornou-se membro da Ordem dos Cavaleiros Templários

A Ordem participou destemidamente de numerosas Cruzadas, e o seu nome era uma palavra de ordem de heroísmo, quando, em 1298, DeMolay foi eleito Grão Mestre. Era um cargo que o classificava como e muitas vezes acima de grandes lordes e príncipes. DeMolay assumiu o cargo numa época em que a situação para a Cristandade no Oriente estava ruim. Os infiéis sarracenos haviam conquistado os Cavaleiros das Cruzadas e capturado a Antioquia, Trípoli, Jerusalém e Acre. Restaram somente os "Cavaleiros Templários" e os "Hospitalários" para confrontarem-se com os sarracenos. Os Templários, com apenas uma sombra de seu poder anterior, se estabeleceram na ilha de Chipre, com a esperança de uma nova Cruzada. Porém, as esperanças de obterem auxílio da Europa foram em vão pois, após 200 anos, o espírito das Cruzadas havia-se extinguido.

Os Templários foram fortemente entrincheirados na Europa e Grã-Bretanha, com suas grandes casas, suas ricas propriedades, seus tesouros de ouro; seus líderes eram respeitados por príncipes e temidos pelo povo, porém não havia nenhuma ajuda popular para eles em seus planos de guerra. Foi a riqueza, o poder da Ordem, que despertou os desejos de inimigos poderosos e, finalmente, ocasionou sua queda.

Em 1305, Felipe, o Belo, então Rei de França, atento ao imenso poder que teria se ele pudesse unir as Ordens dos Templários e Hospitalários, conseguindo um titular controle, procurou agir assim. Sem sucesso em seu arrebatamento de poder, Felipe reconheceu que deveria destruir as Ordens, a fim de impedir qualquer aumento de poder do Sumo Pontificado, pois as Ordens eram ligadas apenas à Igreja.

Filipe "O Belo"...

Filipe IV, O belo

O ano de 1305 encontra a Ordem dos Cavaleiros do Templo e a Ordem dos Hospitalários sediados na ilha de Chipre, pois os muçulmanos haviam retomado a Terra Santa. Ansiavam por uma última Cruzada, que jamais ocorreu. O rei da França Felipe de Valois, conhecido como “Felipe o Belo”, concebeu um plano voltado a apoderar-se da enorme riqueza dos Templários e ter perdoada sua enorme dívida para com a Ordem e assim amealhar recursos para seus projetos temporais de ampliação territorial sobre a Inglaterra. Para tanto precisava da aquiescência do papa Clemente V (Bernardo de Goth, ex-arcebispo de Bordeaux) que, imediatamente, concebeu o plano de unificar as duas Ordens rivais, ou subordinar todos aos Hospitalários. Convocou os dois Grãos Mestres de ambas as Ordens a um encontro em Paris. O Grão Mestre dos Hospitalários deu uma desculpa convincente e faltou ao encontro. Jacques De Molay, Grão Mestre dos Templários, então contando quase 70 anos de idade, compareceu ao encontro com dois documentos: um plano detalhado para uma nova Cruzada (que presumia ser o principal motivo da convocação) e um arrazoado explicando as diferenças e motivos que considerava relevantes para manter Templários e Hospitalários como ordens distintas.

De Molay foi recebido com todas as honras em Paris. Durante dois anos – período durante o qual Felipe de Valois ficou de apresentar sua decisão final sobre os dois documentos trazidos por Jacques De Molay – Guilherme de Nogaret, ministro de Felipe “o Belo”, arquitetou o plano para aprisionar a um só tempo todos os Templários em todos os pontos da Europa. Foram expedidas cartas lacradas aos senescais (líderes políticos e religiosos locais) de todas as paróquias com ordens expressas de somente abri-las a 12 de setembro de 1307. Naquela data, Jacques De Molay contava-se entre os maiores nobres da Europa a carregarem o caixão da princesa Catarina, falecida esposa do irmão do rei Felipe, Carlos de Valois. No mesmo momento em que o Grão Mestre dos Templários participava deste solene evento fúnebre em companhia dos nobres, não havia meios que lhe permitissem saber da trama, menos ainda do conteúdo das cartas que, abertas, tornariam a sexta-feira 13 (naquele caso de setembro de 1307) o dia mais aziago do ano: 15 mil homens (o número total de Cavaleiros Templários) deveriam ser aprisionados em grilhões especialmente confeccionados e despachados a todos os pontos com esta finalidade.

DeMolay e milhares de outros Templários foram presos e atirados em calabouços. Foi o começo de sete anos de celas úmidas e frias e torturas desumanas e cruéis para DeMolay e seus cavaleiros. Felipe forçou o Papa Clemente V a apoiar a condenação da Ordem, e todas as propriedades e riquezas foram transferidas para outros donos. O Rei forçou DeMolay a trair os outros líderes da Ordem e descobrir onde todas as propriedades e os fundos poderiam ser encontrados. Apesar do cavalete e outras torturas, DeMolay recusou-se.

Esse, de "Clemente" só tinha o "nick" que recebeu do Vaticano e olhe lá!

Papa Clemente V

Finalmente, em 18 de março de 1314, uma comissão especial, que havia sido nomeada pelo Papa, reuniu-se em Paris para determinar o destino de DeMolay e três de seus Preceptores na Ordem. Entre a evidência que os comissários leram, encontrava-se uma confissão forjada de Jacques DeMolay há seis anos passados. A sentença dos juizes para os quatro cavaleiros era prisão perpétua. Dois dos cavaleiros aceitaram a sentença, mas DeMolay não; ele negou a antiga confissão forjada, e Guy D'Avergnie ficou a seu lado. De acordo com os costumes legais da época, isso era uma retratação de confissão e punida por morte. A comissão suspendeu a seção até o dia seguinte, a fim de deliberar. Felipe não quis adiar nada e, ouvindo os resultados da Corte, ele ordenou que os prisioneiros fossem queimados no pelourinho naquela tarde.

Quando os sinos da Catedral de Notre Dame tocavam ao anoitecer do dia 18 de março de 1314, Jacques DeMolay e seu companheiro foram queimados vivos no pelourinho, numa pequena ilha do Rio Sena, destemidos até o fim. Apesar do corpo de DeMolay ter perecido naquele dia, o espírito e as virtudes desse homem, para quem a Ordem DeMolay foi denominada, viverão para sempre.

"Embora o corpo de DeMolay tivesse sucumbido aquela noite, seu espírito e suas virtudes pairam sobre a Ordem DeMolay, cujo nome em sua homenagem viverá eternamente."

Jacques DeMolay, com 70 anos, durante sua morte na fogueira intimou aos seus três algozes, a comparecer diante do tribunal de Deus, e amaldiçoando-os, bem como aos descendentes do Rei da França, Filipe "O Belo":

Fonte http://www.culturabrasil.org/demolay.htm

terça-feira, 8 de novembro de 2011

CURSO "A MAGIA DO PENTAGRAMA"


O Pentagrama é o maior símbolo de poder da história, usado pelos templários, maçons, bruxos, magos, médiuns e na maioria das culturas mágicas. Neste curso você aprenderá como utilizar o pentagrama aliado a encantamentos, aos salmos, a cromoterapia, as runas, a magia das velas e a numerologia, a utilização deste símbolo mágico o auxiliará a equilibrar a sua vida, trazendo-lhe os mais variados benefícios, obtendo em seu íntimo força, paciência, equilíbrio, perseverança e prosperidade.

Informações Importantes: Usar roupas claras e confortáveis durante os encontros, trazer um lenço branco ou encharpe branca para cobrir a cabeça.

Horários e data: 12/11 - 26/11 - 3/12 - 17/12 das 14hs às 17hs
Duração 2 meses - encontros quinzenais.


Facilitadora : Aline Santos

Jornalista, Terapeuta Holística, Taróloga, Cabalista, Sacerdotisa, Professora, Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.

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